a arte de ter amigos chatos

até o cara mais chato tem pelo menos um amigo. porque todo chato tem também alguma qualidade, ninguém consegue ser completamente algo, nem chato. aquele fulano mau humorado que todos olham torto de primeira, pode ser um cara inteligente. a louca que fala alto e demais tem por trás uma alma generosa. o outro que bebe umas e arruma confusão, de vez em quando paga a conta. todo mundo tem um dia de anjo. e os chatos me adoram. não sei ainda se por minha capacidade de achar qualidades sob grossas camadas de defesas ou por seu eu também uma chata.

finalmente a boquinha feia! ainda não é a expressão exata, pq fui muito lerda pra fotografar, mas um dia eu pego!

e mais algumas da última baladinha

e mais algumas no banho.

a maternidade me transformou numa consumidora voraz de produtos de farmácia. são fraldas, leite, mamadeiras, bicos, remédios naturebas, remédios controlados, chás pra dormir, pra acordar, pra cagar, creme pra assaduras, sugador de ranho, seringas, enfim, uma lista infinita de produtos quase indispensáveis (e uma farmácia delivery com um entregador bonitão). assim não há bolso que resista.

essa garota é papo firme

a moça é conversinha e já quer falar. fica murmurando coisinhas, "néee", "auauaua", "brrrrrr" e outras mais. acorda super cedo e tá sempre a mil, então fico cochilando ao seu lado e de vez em quando acordo com os resmunguinhos, gritinhos e risadas. posso jurar que já ouvi "ma-mãe", assim como o tio elmo ouve "el el el". tenho uma séria desconfiança de que estamos sendo tendenciosos.

claricinha mija de pé na maior classe. depois da shantala tava enrolando um pouco com ela de pé no meu colo (sobre uma toalha, pra evitar o batizado). de repente sinto um calor na barriga e vejo a mocinha na maior, mijando em pé, o xixi numa curva improvável pra acabar no meu umbigo. não sei quem ria mais, eu da cara dela ou ela da minha.

abraço ela bem apertado e digo: "o que não for clarice que saia!" e ela peida. ou arrota. cagar ainda não conseguiu, e super tem precisado...

hoje pela primeira vez fizemos a shantala. amamentei o suficiente pra ela ficar tranquila sem estar cheia, tirei-lhe a roupa, esfreguei bem as mãos com óleo pra esquentá-las e comecei. logo de cara ela se largou e em 2 minutos fez o primeiro xixi (em mim). pensei que não fosse toletar muito tempo, por ser novidade, mas que nada, fiquei 15 minutos apertando, esticando e puxando bracinhos, perninhas e dedinhos e ela nem aí, dando risada. depois que terminei ela estava mole, macia e cheirosinha. e fez o segundo xixi. dei-lhe um bom banho pra tirar o óleo e relaxar ainda mais, terminei de alimentá-la e deixei-a com seus sonhos de picolé. até amanhã, meu bem.

claricinha-arroz-de-festa comparece nas festinhas e se diverte. nesse dia ela tomou mucilon (?) pela primeira vez. explico: depois de um longo caminho e muita transpiração, meu leitinho acabou antes da fome dela, pecado mortal num evento onde o que mais se faz é comer. aí não nos restou opção, ofereci-lhe um pouco do leite ninho com mucilon, almoço do filho de uma amiga. a pequena não pensou duas vezes, mandou pra dentro 50ml da gororoba, depois arrotou feliz. e eu saí de lá encanada, imaginando um estomaguinho deglutindo moléculas gigantes de gordura, amido e açúcar. mas bebês são fortes, não se apertam com pouco não. ainda bem.